Crítica: Quintal (Curta-Metragem)

Por Fabricio Duque

O curta-metragem “Quintal” integra a filmografia do já autoral e conceituado André Novais (de “Ela Volta na Quinta”), que tem como característica marcante imprimir o elemento familiar em suas obras, visto que escala seus pais como atores principais, interpretando personagens deles mesmos. Aqui, a memória afetiva é corroborada, utilizando-se a filosofia coloquial do dia-a-dia simplificada (em ações de naturalidade encenada – pintando-se a unha e falando ao celular). “Quintal” procura abrigo no gênero de ficção “mítica” cientifica de portal tridimensional (como por exemplo, a “mãe” quase voando devido ao vento surreal que seca instantaneamente as roupas) à moda Michel Gondry, ao se comportar com o amadorismo da forma, preterindo a concretude do conteúdo e da história sobrenatural propriamente dita. Ambienta-se o quintal da casa, reverberando a nostalgia com seus objetos antigos (e guardados) e suas ingênuas escapadas “Porky´s” da realidade (como o “pai” comendo biscoito vendo pornografia). Destaque para ator canino. “Quintal” é definitivamente uma homenagem a seus pais. Que se modernizam com a atualidade da academia e do mestrado. O pai vai embora. Será que volta? Será na quinta? Recomendado. Não Perca!