Crítica: The Sea Of Trees

Por Fabricio Duque
Direto do Festival de Cannes 2015

"The Sea Of Trees". Talvez o novo filme do diretor Gus Van Sant, da Palma de Ouro "Elefante", não seja ficção, porque assim como seu personagem, Gus deve ter filmado durante um período de deturpação mental. Só isso para explicar o fracasso de seu novo longa-metragem, que até mesmo a interpretação de Matthew McConaughey não conseguiu ajudar. Uma sucessão de clichês sentimentalóides que beiram o patético, gerando uma pieguice máxima. Definitivamente a grande bomba do festival e um favorito ao Troféu Framboesa. Gus "usa" Terrence Malick e sua "Árvore da Vida", Apichapong e um misto de "Livre" com "127 horas" (sendo explicitamente bem mais apelativo), "abordando" o tema do suicídio pós acontecimento trágico que para quem sente é impossível de lidar. Foi constrangedor. Vaiado nas duas exibições, que por sinal a primeira estava tão lotada que fez com que eu ficasse para a segunda. É uma pena! Fica entre a ingenuidade e a pretensão, por achar que o espectador (de Cannes - pior ainda) é tão "bobinho" assim. 
Realizada inicialmente em 16/05/2015 e complementada em 27/05/2015.