Crítica: Masaan

Por Fabricio Duque
Direto do Festival de Cannes 2015

Integrando a mostra competitiva do  Un Certain Regard, "Masaan", a estreia na direção de um longa-metragem de Neeraj Ghaywan, arrebatou prêmios por "onde" passou, sendo escolhido pelo Fipresci e na categoria Futuros Promissores.  Na justifica da escolha, o júri disse que este ano deu preferência ao primeiro filme "mantendo o espírito da descoberta" dos cineastas iniciantes, e que aqui, "o filme tem ambição e engajamento". O longa-metragem indiano procura mais a dramaticidade romanceada que a estrutura típica de Bollywood. Logicamente há músicas, claro, mas estão no funcionamento de interconexão dos elementos técnicos. A narrativa assume o gênero novelesco de drama romântico, pululando gatilhos comuns, clichês, obviedades, com uma palatável facilidade compreensiva, usando e abusando de todas as características americanas de Hollywood para manipular a cumplicidade do espectador. Não é de todo ruim. Mas também há autodestruição, mesmo com a "pegada" indiana de retratar costumes, regras e geografia, lembrando em muito "Quem quer ser um milionário?", de Danny Boyle. Para assistir com pipoca entre beijos apaixonados. 
Realizada inicialmente em 20/05/2015 e complementada em 27/05/2015.