Crítica: Macbeth (2015)

Por Fabricio Duque
Direto do Festival de Cannes 2015

"Macbeth", de Justin Kurzel (de "Snowtown", e finalizando "The Assassin´s Creed"), da mostra competitiva oficial, é a versão da obra de William Shakespeare. A estrutura novelesca de estética televisiva (uma mistura de "Coração Valente" com "Game of Thrones") contrasta-se pela fotografia exuberante. A narrativa "anda" na linha tênue entre teatro (pelos monólogos) e entretenimento, fazendo do sempre ótimo Michael Fassbender (que conjuga equilibradamente, com maestria, psicopatia, passionalidade e loucura) um emo (visto a maquiagem dos olhos - fornecendo uma contemporânea nostalgia). Um filme visualmente lindo, a cada frame, uma pintura, mas o tom apoteótico (da música, principalmente) resulta em uma epopeia teatral de existencialismo cliché da poesia de Shakespeare. Se o espectador aprecia GOT, então venerará este longa-metragem, que ainda conta com Marion Cotillard sendo Marion Cotillard (que ganhou da atriz Natalie Portman). O projeto foi anunciado durante o Festival de Cannes de 2013, e a sinopse conta que é um general do exército escocês que trai seu rei após ouvir um presságio de três bruxas que dizem que ele será o novo monarca. Ele é altamente influenciado pela esposa Lady Macbeth, uma figura manipuladora que sofre por não poder lhe dar filhos. 
Realizada inicialmente em 23/05/2015 e complementada em 27/05/2015.