Crítica: Les Deux Amis

Por Fabricio Duque
Direto do Festival de Cannes 2015

"Les Deux Amis". Por incrível que pareça, no primeiro longa-metragem dirigido por Louis Garrel (filho de Philippe Garrel) exibido na Semaine de la Critique, falta o elemento ego (característica típica da cinematografia francesa), que fez toda a diferença para que a Nouvelle Vague acontecesse. Aqui, o filme "procura" muito mais a estrutura palatável americana, mitigando ousadia, coragem e o medo da rejeição. Feito para ser amado, busca o comum para desenvolver uma trama fácil, frágil e "desengonçada". Ao longo do filme conseguimos adjetivos pelo próprio diálogo: forçado e teatral. Não é de todo ruim. Mas também não é bom. É passional, extremamente amigo para com os atores e de obviedade sentimental, além de uma referência não explícita a "Sonhadores", de Bernardo Bertolucci. Sem a prepotência objetivada e positivamente satisfatória, a sensação contextualizada é a de uma ingenuidade amadora de um pré-adolescente de doze anos (mais uma vez, uma “repetição” do próprio roteiro. 
Realizada inicialmente em 19/05/2015 e complementada em 27/05/2015.