Crítica: Feriado


Por Philippe Torres

Feriado, o primeiro filme onde a causa gay é abordada no Equador, traz a história de Juan Pablo, um adolescente da elite que viaja para a fazenda de sua família nos Andes, onde seu tio se refugiou com esposa e filhos após um escândalo de corrupção. Juanpi, assim é conhecido o menino, um menino bastante misterioso e introspectivo, conhece Juano, um motoqueiro indígena que mora num povoado vizinho. A película, ao trazer pela primeira vez o tema ao país, discute justamente a intolerância que ali mora. Há uma tentativa de indução a dúvida, este tem contato próximo com o sexo oposto, contudo, o grande conflito aparece ao defrontar-se à Juano. Com uma narrativa simples, com pontos de viradas bem estabelecidos e conflitos dos mais comuns, a película busca uma primeira impressão a cerca do assunto. Ao se discutir até mesmo a não aceitação de si pelos personagens. Há alguns problemas de personagem. Alguns deles pouco servem para a constituição roteiristica, apenas presentes para incitar pequenos conflitos suporte ao principal, desnecessários à trama. De fato, Feriado aparece como um longa-metragem fundamental politica e socialmente, especialmente ao público jovem, em seu país. Contudo, ainda é preciso crescer.