Crítica: Nemez

Por Fabricio Duque
Festival do Rio 2013

Para os russos, Dima é alemão; para os alemães, russo. Nemez (“o alemão” em russo) é como Dima é chamado por seu patrão, o ladrão de arte Georgij. Recém-liberto de um centro de detenção juvenil, Dima quer começar uma vida nova em Berlim, mas Georgij não larga do seu pé – e seu pai, que não se sente em casa na Alemanha, quer voltar para a Rússia com a família. Como se não bastasse, o passado de Dima ainda o atormenta. Mas um aspecto de sua vida o mantém firme e esperançoso: seu amor pela estudante de arte Nadja. Suas conexões com o crime, porém, serão desastrosas para ambos. “Penemi”. A comédia romântica russa, dirigida pelo estreante Stanislav Güntner, tem tom novelesco, e pulula gatilhos comuns, com música sentimental e melodrama teatral. O roteiro apresenta caricaturas e estereótipos. É tão ingênuo, que Kenny G perde o posto de mais brega. Amadorismo elevado à quinta potência.