Crítica: Noé

Por Fabricio Duque 

O diretor Darren Aronofsky (de "Cisne Negro", "Pi", "Requiem Para Um Sonho") lança em 2014 seu mais recente filme épico “Nóe”, sobre o protagonista bíblico, que salva da terra um casal de cada espécie, e entra em conflito sobre se deve ou não conservar o ser humano. Logicamente, o roteiro, escrito por Aronofsky, traz seu estilo próprio. É sombrio, escuro e sem esperança. Noé, por drogas alucinógenas, tem visões divinas predizendo o fim do mundo. Antes mesmo de acreditar nos indivíduos sociais, ele tenta salvar seu povo sem sucesso, porque ninguém ouve os seus avisos. Noé se aproxima de uma raça de seis anjos caídos, criaturas gigantes de pedra, que Deus deixou na Terra, conhecidos como "Guardiões" para atraí-los para a sua causa. Misturando narrativa “Senhor dos Anéis” com irracionalidade pós-drogas, o filme está sendo criticado por onde passa. Um dos motivos talvez seja o fato que a visão do diretor confronta o radicalismo religioso da igreja, que não se permite questionar as histórias fantasiosas da Bíblia. O ouvinte deve estar se perguntando se o filme é clichê ou não? A resposta é sim, até porque é um gênero comercial da empresa Paramount. Porém respeita a estrutura cinematográfica de Aronofsky.