Crítica: The Zero Theorem [Por Francisco Carbone]

Por Francisco Carbone

Como disseram uns amigos na saída da sessão, onde Terry Gilliam pretende ir com esse Castelo Rá-Tim-Bum? A resposta só ele deve ter, mas tirando pelos seus últimos filmes já sabemos ao menos onde ele irá chegar: a lugar nenhum. Ou num fundo de poço artístico cada vez mais fundo. A verdade é que eu não faço ideia da ultima vez em que ele foi relevante, e se a resposta for em '12 Macacos', significa que faz quase 20 anos que o ex-Monty Phyton se perdeu, e hoje parece um cachorro correndo atrás do mesmo rabo, confuso e abilolado. O filme é uma bobagem futurista filosófica existencial, ou seja, a cara desse Gilliam decadente e auto referente que temos visto, um filme onde tem até alguma boa intenção embutida mas onde a pretensão em querer ser mais acaba prejudicando. Em cena, Christoph Waltz, Matt Damon e Tilda Swinton se travestem e parecem brincar numa festa muito particular, com direção de arte de teatrinho infantil. Uma pena que esse diretor tenha se perdido, e não pareça interessado em achar o rumo.