Crítica: May e o Verão

Por Fabricio Duque

Um dos papéis da crítica é analisar todos os elementos possíveis de um filme. E sempre há, em cem por cento dos casos, algo que estimule a apreciação do espectador. O longa metragem "May e o Verão" integra o gênero de comédia romântica americana em versão jordânica pois tenta repetir estereótipos, clichês, piadas, gatilhos comuns, enfim, a mesma estrutura de Hollywood. Mas como o Vertentes do Cinema consegue tirar leite de pedra, quem assiste ganha com a parte interpretativa. Por obviedade, os atores estão ali e são dirigidos com um roteiro (material bruto inicial). Eles se esforçam para que se possa mostrar o máximo de seus trabalhos. A atriz protagonista Cherien Dabis (a própria diretora, que também realizou "Amreeka", em 2009"; Hiam Abbass (de "Lemon Tree" - uma das atrizes mais competentes da atualidade, participando do time que inclui Juliette Binoche e Meryl Streep), as irmãs, Alia Shawkat e Nadine Malouf, até o Bill Pullman, todos eles estão condizentes com o esperado. Com tiradas e risadas garantidas pela situações de uma comédia da vida privada, pode-se dizer que é um longa-metragem divertido, leve, despretensioso e podemos ainda conferir humor não político no meio de tantos filmes de guerra. Uma Sessão de Tarde de alto nível novelesco do entretenimento, que responde a sua essência natural.