Crítica: Fruitvalle Station [Por Francisco Carbone]

Por Francisco Carbone

Há muitos anos que vencer Sundance significa concorrer ao Oscar, e isso só se intensifica a cada ano. 'Preciosa', 'Indomável Sonhadora', e tantos outros já fizeram esse caminho, e chegou a vez da estreia de Ryan Coogler, que igual a maioria é um filme honesto, humano, correto e cheio de emoção; igual a maioria também será muito mais premiado e louvado do que merece... ou precisa. Na verdade se confunde muito a qualidade de uma produção americana com a quantidade de prêmios a qual ela concorre, quando tudo isso não passa de bobagem. Centenas de filmes passam anualmente por nos, tão bons, tão sinceros, e não precisam concorrer a nada para nos tocar, nos comover. Essa história ela de um rapaz que tenta criar sua pequena família mesmo tal jovem e tem sua vida completamente modificada a partir do réveillon de 2008 é real e comoveu não apenas os EUA, mas todo o mundo. O protagonista Michael B. Jordan é super competente e leva muito bem o protagonista, mas a experiente Octavia Spencer é quem faz a diferença como sua mãe, injetando delicadeza e serenidade num papel pequeno porém significativo. Uma estreia promissora e cheia de calor humano, numa história chocante sobre os horrorosos descaminhos que a louca sociedade em que vivemos parecemos estar a mercê hoje.