Terrence Malick é um diretor americano do Texas, nasceu em 30 de novembro de 1943. Com seus 67 anos de idade, iniciou a carreira cinematográfica em 1969 com o curta-metragem “Lanton Mills”, uma comédia sobre dois caubóis que arquitetam um roubo ao banco. Malick é um cineasta conceituado por crítica, público e por seus atores que querem trabalhar mesmo de graça com ele. De público, porque é complicado achar alguém que o deteste, sendo os comentários equilibrados, quase em cima do muro.
De crítica, porque os filmes deste cineasta arrematam indicações a prêmios em famosos Festivais de Cinema, vencendo a maioria deles, como é o caso do mais recente filme de Malick “A Árvore da Vida”, que ganhou o Festival de Cannes neste ano. Com 42 anos de carreira, e filmografia de apenas cinco filmes. Os quatro anteriores são: “Terra de Ninguém”, “Dias de Paraíso”, “Além da Linha Vermelha” e “O Novo Mundo”). É um diretor que imprime em suas obras um estilo próprio. A narrativa de Malick é contemplativa, metafórica, existencialista, econômica, fazendo o tempo andar para frente e para trás, com extrema competência. Ele explora tanto a experimentação da técnica cinematográfica quanto à natureza em si. Estranhamente, quanto mais se aproximava do conhecimento das espécies terrestres e das origens da Terra, Malick se afastava das pessoas. Tudo começou com o projeto “Q”, que eventualmente se tornaria a base para “A Árvore da Vida”.
Durante a pré-produção, ele de repente se mudou para Paris e desapareceu da vida pública. Por causa da reclusão, dois produtores do filme “A Árvore da Vida” aceitaram o prêmio no Festival de Cannes. O presidente do juri deste Festival, Robert De Niro, explicou que a escolha deste filme foi difícil, porém, nas palavras do ator e jurado, "Tinha o tamanho, a importância, a intenção, o que quer que você fale, parecia se adequar ao prêmio". “A Árvore da vida” aborda o eterno questionamento sobre a religião, utilizando a natureza. Na visão de Malick, tudo é Divino, até as adversidades. Assim que assim Deus conforta e acalenta a alma de uma mãe após a perda de um filho. O filme é uma obra de arte. Será que quando o diretor teve contato direto com a natureza, ele se transformou? O que o fez sentir?
Embarque também em três filmes da filmografia do diretor Terrence Malick
Um deles é o filme “Além da Linha Vermelha”, de 1998, que conta a história de fuzileiros americanos em uma sangrenta batalha durante a Segunda Guerra Mundial. Com seus 170 minutos, quase três horas de duração, o longa-metragem mergulha nas incertezas e medos destes soldados. A narrativa é extremamente contemplativa, existencial e respeita o tempo real dos acontecimentos, como o cotidiano de insetos. Excelente. No elenco, Sean Pean e George Clooney entre outros famosos. “Além da linha vermelha” foi indicado a 11 Oscars.
O outro filme é “O Novo Mundo”, que aborda a história de um aventureiro, vivido por Colin Farrell, que ao chegar ao continente americano, choca a cultura européia com os nativos que já viviam lá. Terrence Mallick concluiu o roteiro deste filme nos anos 70, mas foi em 2004 que a produção foi iniciada. Os produtores entrevistaram mais de duas mil atrizes. O ator Colin Farrell leu os sete livros escritos por John Smith. Todos os atores tiveram que perder cerca de nove quilos em um mês, além de ter aulas de artilharia com as armas usadas na época. O filme foi inteiramente rodado usando luz natural. Incrivelmente experimental. Imperdível!
A última dica é o filme “Dias de Paraíso”, de 1978, uma história sobre dois homens que amam a mesma mulher. Um dos filmes mais aclamados do diretor Terrence Malick, tem no elenco Richard Gere e Sam Shepard. A narrativa experimenta imagem e som, intercalando diferenciados ângulos de câmera.