“Um diretor busca em um ator alguém que possa expressar o que ele é mesmo sem o benefício do diálogo”. “Sinto uma grande quantidade de conflitos interiores, inteligência e vulnerabilidade no Joaquin, mas também há uma dureza – ele não é um ator sentimental”, disse o diretor James Gray sobre o ator Joaquin Phoenix. E complementa sobre a luz escolhida, que “foi inspirada no Autochrome Lumière, um processo primitivo de colorização do antigo celuloide, criado pelos irmãos Lumière”.
Em 1920, as irmãs polonesas Ewa Cybulski e a irmã Magda partem em direção a Nova Iorque, em busca de uma vida melhor. Mas assim que chegam, Magda fica doente e Ewa, sem ter a quem recorrer, acaba nas mãos do cafetão Bruno, que a explora em uma rede de prostituição. A chegada de Orlando, mágico e primo de Bruno, mostra um novo amor e um novo caminho para Ewa, mas o ciúme do cafetão acaba despertando uma tragédia. Joaquin Phoenix, Marion Cotillard, Jeremy Renner.
Por Fabricio Duque
"The Immigrant", de James Gray. É um filme que parece telecine novelesco, incrementando na fotografia nostálgica, que tenta redesenhar a época novaiorquina do começo da imigração (hoje Museu da Imigração na ilha em frente a Estátua da Liberdade). É um longa-metragem tipicamente americano, com cortes rápidos e estilo videoclipe de ser. Os atores não convencem. E olha que tem Jeremy Renner, Marion Cotillard e Joaquin Phoenix (este responsável por grandes momentos, provando ser sim um excelente ator). Quanto a atriz principal, o espectador não percebe as nuances interpretativas. Ela segue a mesma linha vitimada do início ao fim do filme. É estranho, porque Marion está fantástica em "Blood Ties", que é co-dirigido (não creditado) e co-roteirizado pelo diretor do filme em questão aqui. É bom, mas não é "great".
O Diretor. James Gray nasceu em 1969 nos Estados Unidos. Trabalhando quase sempre com os mesmos atores: Joaquin Phoenix e Mark Wahlberg.
Filmografia
1994: Little Odessa
2000: Caminho Sem Volta
2007: Os Donos da Noite
2008: Amantes