Especial: Steven Spielberg


Entrevista, Perfil Radio Uerj e Crítica "Lincoln"

O crítico de cinema Rodrigo Fonseca entrevistou o cineasta Steven Spielberg, por telefone, sobre o novo filme "Lincoln". A matéria saiu no jornal O Globo no dia 06/01/2013, domingo. Confira trechos do que o diretor mais rentável do mundo disse. E leia também a pauta do programa Vertentes do Cinema na Rádio Uerj e a crítica feita aqui sobre o longa-metragem, que está indicado ao Oscar.

"Barack Obama é o produto mais feliz deixado pelo Dr. Martin Luther King. Até Obama chegar, nunca houve, na presidência um líder que fosse uma espécie de sucessor ideológico de Lincoln em seu olhar para os negros. (...) Em 'Lincoln', o olhar da camera, ou seja, o meu, ficou atrás da História, porque ela é mais altiva do que qualquer discurso que pode fazer. (...) O roteiro de Tony Kushner (de 'Angels in America') exigia uma encenação mais próxima do teatro, do parlatório. E eu, em geral, não uso referências cinematográficas para construir meus planos. (...) Em 'Robopocalypse' vou fazer um filme de gênero, no caso sci-fi, sem apego à palavra. Este é um filme em que a imagem desenha a encenação. (...) Na década de 70, fomos um produto inconsciente de um tempo inconformado, que herdou o esclarecimento político de gerações anteriores."


Pauta Impressa do programa Vertentes do Cinema 
na Radio Uerj

O cineasta americano Steven Spielberg nasceu no dia 18 de dezembro de 1946. É aventureiro, inovador, impaciente e extremamente emocional, características típicas do seu signo Sagitário. Ele é fruto de uma criação suburbana e de uma educação em escolas públicas. A mãe era pianista erudita e seu pai um cientista da computação. Spielberg disse que gosta de trabalhar com o gênero feminino, criando personagens elásticas, porque foi criado em um mundo de mulheres. Três irmãs e outras sete que frequentavam a sua casa, gritando enquanto sua mãe tocava piano. Encontrou no cinema a razão para viver e tentar ser popular na escola. O seu filme ET, um extra-terrestre configurou a sua vingança imaginária. O diretor disse abre aspas quantos garotos não queriam ficar com a garota mais bonita? Quando eu não queria encarar o mundo real, metia a cara em uma câmera. E funcionou, fecha aspas. Desta forma encarou a realidade das dores de sua infância, principalmente pelo fato de ser judeu. Ele é um dos cineastas mais rentáveis da história do cinema, mesmo sem a consagração máxima que é ganhar o prêmio Oscar. Desta vez, apresenta seu novo filme “Lincoln”, que conta a luta do do presidente americano Abraham Lincoln contra a escravidão.