Crítica: João e Maria - Caçadores de Bruxas [Por Narda Stael]

Se você acha que vai ver um conto de fadas infantil... 

Por Narda Staël

Enganou-se! Prepare-se para assistir a versão gótica de João e Maria: Caçadores de Bruxas que o diretor Tommy Wirkola (de Sangue na Neve/2009), fez do conto clássico dos Irmãos Grimm. Nessa versão moderna em 3D, João (Jeremy Renner) e Maria (Gemma Arterton), assim como na versão original, sofrem um grande trauma, ainda crianças, por causa de uma bruxa má, que morava numa casa de doces. Algum tempo se passa, os irmãos crescem e se transformam em famosos caçadores de bruxas. É aí então que a aventura realmente começa, quando aparece o prefeito de uma cidadezinha e recruta a dupla para desvendar o sumiço de algumas crianças que foram raptadas e podem estar perdidas na floresta. Para salvá-las, João e Maria terão que enfrentar a maldade de várias bruxas, além de seu passado tenebroso. Apesar de usar uma narrativa simples, o roteiro consegue ser surpreendente e ao mesmo tempo coeso. Talvez isso se dê pelo uso do humor na dose certa, sem pretensão e a total falta de compromisso com a trama original, tendo como único objetivo: entreter o espectador. Este é o trunfo de um bom filme blockbuster: divertir a plateia. Não posso deixar de citar que o roteiro da dupla DanteHarper e Tommy Wirkola consegue desenvolver com grande maestria um personagem que não faz parte da história original. O Edward, uma mistura de Shrek com o King Kong, que apesar da brutalidade aparente, consegue roubar a cena com seus gestos suaves e delicados, ao salvar Maria dá bruxa má. A parte surpreendente mesmo do longa-metragem fica por conta dos efeitos visuais usados nas cenas de ação e no armamento a lá Rambo. Quem diria que um filme passado em plena era medieval usaria esse recurso? É ou não é muita criatividade? Conclusão, João e Maria: Caçadores de Bruxas 3D é uma aventura eletrizante com ótimos recursos visuais que traz humor e sarcasmo na medida exata. Vá conferir. É a pedida certa para suas férias.