Comentário: Colegas [Por Conrado Heoli]

Colegas 

 Por Conrado Heoli 

 Marcelo Galvão tem entre seus longas os divisores de opiniões “Quarta B”, “Rinha” e “Bellini e o Demônio”, então nada mais curioso que seu projeto seguinte resultasse em “Colegas”, uma comédia sensível protagonizada por três jovens com Síndrome de Down. Stalone, Aninha e Márcio são os garotos que fogem de um instituto inspirados pelo filme “Thelma & Louise” e partem para uma jornada que transforma suas vidas e o próprio road movie em algo muito distante do “Na Estrada” de Walter Salles. Sensação no Festival de Gramado, onde recebeu o prêmio de Melhor Filme, “Colegas” quase funciona como um ótimo entretenimento juvenil, não fossem os constantes desvirtuamentos de valores, ou como um bem sucedido feel-good movie – título que escapa da obra de Galvão pelos apelos óbvios, inconsistências do roteiro e convencionalismos do gênero. Ainda assim, pelo carisma do trio de atores principais e boas referências ao cinema, uma sessão despretensiosa de “Colegas” é mais que indicada.