Crítica: Magic Mike

Soderberg Desmistifica a Mágica de Mike 

Por Fabricio Duque

“Magic Mike” é um filme destinado ao público feminino e também aos gays, porque aborda a temática do clube das mulheres, no qual trabalham homens “sarados”, que se transformam em objetos sexuais a um público ávido pela “carência” visual. Eles tentam agradar a “gregos e troianas”, pois vivenciam fantasias projetadas, como bombeiro, caubói, policial e tantas outras que pululam na imaginação popular, de homens e mulheres. Neste caso, quando digo que o papel deles é agradar a todos, é porque os “profissionais” utilizam-se de sungas “fio dental” a fim de deixar a mostra um traseiro avantajado e “durinho”. É impossível ao escrever estas linhas não mencionar a futilidade do querer e o desejo instintivo que se desencadeia deste tema. Mike é um experiente stripper que trabalha no clube noturno Xquisite. Ele incumbe-se de ensinar um jovem dançarino, The Kid, a arte da dança e também apresentar o mundo da noite, das festas, da conquista e do dinheiro fácil. Ao conhecer Brooke, irmã do garoto, Mike pensa que pode ter alguma chance com ela, mas seu estilo de vida atrapalha seus planos. Inspirado na antiga carreira de Channing Tatum, que interpreta o papel do protagonista “Magic Mike”. O diretor americano Steven Soderberg (de “Sexo, Mentiras e Videotape”, “Traffic”, “Erin Brockovich” tem como característica cinematográfica, definidora de seu trabalho, a experimentação, narrativa e técnica, e opta pelo lado independente, ao escolher, como exemplo, a atmosfera nostálgica com o intuito de recriar uma época, mas de uns tempos pra cá, o cineasta pensa mais na parte técnica que na narrativa, assim, faz com que os diálogos comportem-se superficiais, sem emoção e sem “química”. Por outro lado, é o cineasta “amigo” de celebridades. Muitos atores trabalham com ele por afinidades, com isso, sempre há um excelente elenco por trás. “Magic Mike”, por si só já vale o ingresso pela interpretação intensa e entregue de Matthew McConaughey. Concluindo, é um filme homenagem a estes homens “másculos” que tiram a roupa.