O Legado Bourne

O Legado Bourne

Por Ingrid Reis

Estou de volta mais uma vez, e dessa vez com uma crítica pra lá especial. “O Legado Bourne” chega aos cinemas nesse feriado de 7 de setembro acompanhado de muito suspense, cenas de ação espetaculares e algumas cenas divertidas. Esse é o quarto filme da franquia que mantem o mesmo nível de qualidade dos três primeiros: “Identidade” de 2002, “Supremacia” de 2005 e “Ultimato” de 2007. Para quem acompanha “o Bourne” desde o início, prepare-se... Neste quarto filme você ganhará um pouco de esclarecimentos sobre os outros filmes e o porque da perseguição de Jason Bourne, que a todo momento é mencionado na história, apesar de não aparecer em carne e osso. Não há como comentar sobre essa produção sem que haja uma comparação entre as estrelas das sequências: Matt Damon (Jason Bourne) e Jeremy Renner (Aaron Cross). Vale dizer que ambos os atores fazem excelentes atuações. As cenas iniciais são um pouco cansativas, afinal se passa muito tempo nas geleiras de Alberta (Canadá), mas tudo isso é para mostrar o quão resistente e forte é o nosso herói, o que é totalmente provado no decorrer da história. A ciência e suas razões é a trama central do filme, um confronto em o que é ético e correto ou não. Um programa militar do governo que usa cobaias humanas, e aparentemente está dando muito certo, mas por algum motivo precisa ser cancelado o que desencadeia algumas mortes e acontecimentos estranhos. É preciso acabar com qualquer registro e ameaça que apareça. O programa e consequentemente a ciência são tratados com ingenuidade pela da Dr. Schering (Rachel Weisz), uma profissional de química especializada em genética, que trabalha sem saber a verdade por trás do programa militar. Quando sua vida é ameaçada ela começa a ceder ao instinto de lutar por sua vida e acaba por receber ajuda de Aaron Cross. Aaron Cross por outro lado é uma cobaia do programa que sabe muito bem qual é a sua origem, ao contrário do personagem interpretado por Damon nos outros filmes, e busca curar-se do vício nos medicamentos. Os grandes destaques são as atuações de Rachel Weisz e Jeremy Renner. A atriz dá um show com suas expressões de medo, surtos, dúvidas e nas cenas em que precisa mostrar mais ação. Já Jeremy consegue dar o tom certo ao personagem com sua feição séria e determinada. O roteiro e a direção de Tony Gilroy são fantásticos! A história é bem amarradinha. O filme é ótimo, garante muito suspense e maravilhosas cenas de ação e perseguição. Uma das melhores coisas no longa, e também a mais frustrante, é que ele termina com um gostinho de quero mais. A história se encerra sem que se chegue a um fim, a uma conclusão, não responde a todas as perguntas e deixa muita coisa no ar. Fiquem atentos porque virá mais por aí, a história ainda não acabou.

Ficha Técnica
Direção: Tony Gilroy
Roteiro: Tony Gilroy, Dan Gilroy
Elenco: Jeremy Renner, Rachel Weisz, Edward Norton, Joan Allen, Albert Finney, Corey Stoll, Scott Glenn, Oscar Isaac, Stacy Keach, Sheena Colette, Nilaja Sun, Michael Chernus
Fotografia: Robert Elswit
Produção: Patrick Crowley, Frank Marshall, Ben Smith, Jeffrey M. Weiner
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Classificação: 12 anos
Duração: 135 minutos
País: EUA
Ano: 2012