Faça-me Feliz

Ficha Técnica

Direção: Emmanuel Mouret
Roteiro: Emmanuel Mouret
Elenco: Emmanuel Mouret, Judith Godrèche, Déborah François, Frédérique Bel, Jacques Weber, Dany Brillant, Mikael Gaudin-Lech, Frédéric Epaud, Frédéric Niedermayer, Karine Ventalon
Fotografia: Laurent Desmet
Música: David Hadjadj
Figurino: Marie-Laure Pinsard
Edição: Martial Salomon
Produção: Frédéric Niedermayer
Distribuidora: Filme do Estação
Estúdio: Les Films Pelléas; Banque Postale Image 2; CinéCinéma; Canal+; Moby Dick Films
Duração: 92 minutos
País: França
Ano: 2009
COTAÇÃO: MUITO BOM




A opinião

“Faça-me Feliz” apresenta-se como uma comédia de situações, que utiliza o acaso como fio condutor do próximo acontecimento, gerado por uma ação desastrada e ou ingênua. A atmosfera referencia a filmes de Jacques Tati, não prolongando a graça clichê do instante e sim personificando, de forma crível e realista, a estética inteligente do absurdo, seguindo pela narrativa francesa de que tudo é possível e pode ser experimentado sem pudores e culpas posteriores. A direção fica por cona de Emmanuel Mouret, que também encarna o personagem principal – e o roteiro. A trama aborda a história de Jean-Jacques (Emmanuel Mouret), que apenas queria curtir a manhã de sábado ao lado da namorada, Ariane (Frédérique Bel), mas uma súbita ligação telefônica de Elizabeth (Judith Godrèche) altera seus planos por completo.


Elizabeth foi alvo de uma experiência na arte da conquista feita por Jean-Jacques e agora está apaixonada por ele. A ligação faz com que Ariane desconfie de seus sentimentos por ela, mas, após refletir, acha que ele deve dormir com Elizabeth. Ela supondo que a ação será concretizada, então não se sentirá traída, por ter conversado sobre o assunto. Surpreso com a conclusão, Jean-Jacques aceita a oferta e confirma um encontro à noite com Elizabeth, sem saber quem ela é realmente, nem o ambiente que costuma frequentar. Daí, uma sucessão de reviravoltas direciona o espectador em fantásticas surpresas.


Como por exemplo, há a torcida, quase infantil, por parte de quem assiste, para que o personagem atrapalhado, referenciado também em outro filme “Um Convidado bem Trapalhão”, do diretor americano Blake Edwards, com Peter Sellers, chegue ao objetivo, que no final de contas, é sair intacto do ambiente o qual a confusão acontece, com suas estratégias, probabilidades, matemáticas e sortes. O roteiro manipula de forma magistral, prendendo a atenção, ao mesmo tempo, que insere novos elementos e personagens. Concluindo, um filme que merece ser visto, devido à inteligência e perspicácia da história, sem apelar aos gatilhos comuns tão esperados de um gênero como este. Recomendo. Foi totalmente filmado em Paris, como orçamento estimado de US$ 4.6 milhões.




O Diretor

Nasceu em Marselha, França, e estudou Artes Cênicas e Cinema. Em 1999, dirigiu seu primeiro filme, Promène-toi donc tout nu!, inspirado em Sacha Guitry e Eric Rohmer. Desde então, também atua em todos os filmes que dirige. Em seguida, fez a comédia romântica Laisson Lucie Faire (2000). Em 2004, Vénus et Fleur foi selecionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Seu terceiro filme foi Mudança de Endereço (2006). Como ator, trabalhou em As Oficinas de Deus, de Claire Simon (2008).