Roteiro: Matt Sherring, baseado na obra de Ranulph Fiennes
Elenco: Jason Statham, Robert De Niro, Clive Owen, Yvonne Strahovski, Dominic Purcell, Aden Young, Ben Mendelsohn, Adewale Akinnuoye-Agbaje, David Whiteley, Matthew Nable
Fotografia: Simon Duggan
Música: Reinhold Heil, Johnny Klimek
Direção de arte: Tim Dickel e Aziz Hamichi
Figurino: Katherine Milne
Edição: John Gilbert
Produção: Michael Boughen, Steve Chasman, Sigurjon Sighvatsson, Tony Winley
Distribuidora: Imagem Filmes
Estúdio: Ambience Entertainment
Duração: 116 minutos
País: Estados Unidos
Ano: 2011
COTAÇÃO: REGULAR
A opinião
“Os Especialistas” corrobora a vontade de ser apenas um filme de ação. E ao escalar o veterano Robert De Niro, deseja transpassar a idéia de que este projeto possui um algo a mais. A trama basicamente é a de um gênero comercial. Tiros, perseguições inacreditáveis, incluindo Le Parkour, apelações e manipulações ao absurdo e ao improvável. O diretor publicitário norte-irlandês Gary McKendry, do curta-metragem “Everything in This Country Must”. A carta na manga, e estreante em um longa-metragem, guarda uma carta na manga ao se basear no best seller "The Feather Men", de Ranulph Fiennes, lançado em 1991, escritor que por sinal é representado no filme. Portanto, fatos reais. O agente especial Danny (Jason Statham), embora quisesse desistir de seu profissionalismo na arte de matar, foi forçado a fazer um último serviço para garantir a sobrevivência de seu antigo parceiro de missões secretas Hunter (Robet De Niro). Para isso, ele deverá vingar um poderoso Sheik do petróleo que teve seu três filhos assassinados por três agentes das forças especiais britânicas SAS. Contudo, Spike (Clive Owen), um poderoso ex-membro do grupo, está disposto a defender seus antigos parceiros e não medirá esforços para eliminar seu novo oponente.
E não para por aí. Gary escalou também o ator Dominic Purcell, mais conhecido por sua atuação na série “Prison Break”, como Lincoln Burrows; a atriz Yvonne Strahovski, que pode ser reconhecida no seriado “Chuck”, como a agente Sarah Walker; e Adewale Akinnuoye-Agbaje, mais conhecido pelos fãs do seriado “Lost”, como o Mr. Eko. “O ano é 1980. O mundo está um caos”, inicio dramático a fim de apresentar as primeiras informações sobre a trama. “Estamos em El Salvador. É tudo uma merda. Taco de iguana”, cria a xenofobia. Logo nas primeiras cenas, o espectador já percebe exatamente a direção que o filme será conduzido. São inúmeras caras e bocas de efeito, com explosões em câmera lenta e elipses pseudo Cult. Porém, o clichê, mais explicito, é da criança no carro, que olha com medo, ganhando o “coração” do matador. Já daí, a atmosfera apresenta-se tosca e amadora. “Parei de matar”, “Talvez a morte não tenha terminado com você”, diálogo com o intuito de convencer pelo dramalhão patético.
Quando não poderia ficar pior, intercala-se com lembranças de um amor que ficou esperando em alguma fazenda do interior. As reviravoltas precisam, mesmo, da pobre conivência do espectador para que possa acontecer. As resoluções são rápidas e preguiçosas. “Matar é fácil. Conviver com isso que é difícil”, dá-se lição de moral e de conhecimento psicológico – e existencial. Tenta-se pelo menos. A fotografia referencia ao filme “Traffic”, de Steven Soderberg, instaurando a saturação ao brilho escurecido. “Matar limpo sem vestígios”, “Animais selvagens adoram o Danny”, procura-se o senso de humor perspicaz. Até que a lembrança do menino no carro volta a acontecer. “Relaxa, só matei o carro”, diz-se perdendo totalmente a credibilidade e salvação perante quem assiste. Concluindo, um filme tão ingênuo que chega a ser uma preguiça patológica. Há momentos que salvam e fornecem algo a assistir. Mas é tão pouco que não vale a pena ser recomendado. Rodado em diversas locações na Austrália, Reino Unido e Paris. Seu orçamento estimado foi de US$ 40 milhões.
O Diretor
Gary McKendry, nascido e criado em Ballyclare , no condado de Antrim, Irlanda do Norte, frequentou a Faculdade de Arte Belfast por um ano antes de se matricular na Central Saint Martins College of Art e Design, em Londres. Graduando-se com um grau na arte e no cinema, McKendry trabalhou como artista de storyboard em Londres, antes de se mudar para a Austrália, lugar que trabalhou como publicitário e diretor de arte. Fez em 2055, o curta-metragem “Everything in This Country Must”, com uma indicação ao Oscar.