Perfil: Audrey Tautou

Audrey Justine Tautou apresentou seu novo filme “Uma Doce Mentira” no Cinema Odeon do Rio de Janeiro, dentro do Festival Varilux de Cinema Francês. Estava lotado, principalmente por fãs do filme que a consagrou “O fabuloso destino de Amélie Poulain”. Na plateia, cinéfilos, adolescentes e crianças pertencentes do Liceu, que conseguiu vários convites. Esses jovens perguntavam em francês, vertente do curso o qual fazem. Porém, faltava a eles e aos outros conhecimento sobre a vida da atriz. Muitos deixavam a emoção tomar conta. O resultado foi uma infinidade de perguntas dando voltas sem sair do lugar. Ao vê-la, o primeiro impacto desencadeia algumas observações. Audrey tem estatura baixa, é confiante (mesmo roendo as unhas) e elegante. Ela estava cansada e sem ter se alimentado ainda, contudo mostrou simpatia e tolerância por seus fãs. O Vertentes do Cinema considera Audrey uma excelente e completa atriz, e optou por não perder tempo tirando fotos e ou se preocupando em perguntar. O que era mais importante naquele momento era a observação mor. Olhá-la todo tempo, perceber as suas manias e suas gesticulações. Com isso, traçar um perfil concreto de sua forma abstrata. A atriz escolheu o primeiro e último nome para que pudesse utilizá-los como artísticos. Audrey Tautou nasceu em em 9 de agosto de 1978 na França, Beaumont, Puy-de-Dôme, localidade de Auvergne, mas foi criada em Montluçon. Seu pai era dentista e sua mãe professora. Tem um irmão e duas irmãs menores que ela. Desde pequena, ela foi fascinada por primatas, tanto que Depois da première de “O fabuloso destino de Amélie Poulain”, ela viajou para as florestas da Indonésia para ajudar um santuário de preservação desses animais. Se interessou pela comédia ainda pequena e começou a ter aulas de atuação na escola de alto prestígio Corus Florent. Ingressou na carreira de atriz na Televisão, trabalhando de 1996 a 1999. O seu primeiro foi “Instituto de Beleza Vênus”, pelo qual ganhou o César (o óscar francês) de Melhor Atriz Revelação. Em 2000 ganhou um Prix Suzanne Bianchetti por ser a atriz mais promissora de seu país. Com “O fabuloso destino de Amélie Poulain” ganhou reconhecimento mundial, sendo indicado aos Prêmios Cesar e Bafta. Audrey por pouco não conseguiu este papel, já que havia sido escrito para a atriz inglesa Emily Watson, que não aceitou o convite por não falar francês e por estar comprometida com o filme “Assassinato em Gosford Park”. O próximo sucesso viria com a dobradinha “Albergue Espanhol” e a continuação “Bonecas Russas”, este último, em uma cena, a sua personagem resolve ir ao Brasil. Estão em seu currículo ainda os excelentes “Bem me quer mal me quer” e “Coisas belas e sujas”, que manipulam o espectador em suas tramas, transpassando inteligência, perspicácia e genialidade. Seguiu seu caminho com “Eterno Amor”, que gerou uma indicação ao Cesar e ao European Film Awards de melhor atriz. Com seus 31 anos, já pode ser considerada uma atriz que veio pra ficar. Ela escolhe os roteiros mais independentes, que possuem alguma inovação quanto a técnica cinematográfica e ou quanto a história em si. Audrey deu um salto a uma outra experiência. Desejou vivenciar o gênero comercial-pop-pseudo-intelectual. “O código Da Vinci”, adaptado do livro homônimo de Dan Brown aborda os mistérios escondidos da igreja católica. Não é um filme bom, mas não precisamos atirar pedras. Até porque ela tem todo direito de se aventurar por outros campos. Sobre isto disse "Sou uma atriz francesa. Não estou dizendo que nunca mais trabalharei em um filme que fala inglês, mas minha casa e minha carreira estão na França. Eu nunca me mudaria para Los Angeles". Após essa incursão, retornou aos longas-metragens de arte. Fez “Hors de prix” e imortalizou a estilista Coco Chanel em “Coco Antes de Chanel”. A propaganda do Chanel No. 5 foi bandida dos metrôs de Paris pois mostrava Audrey em uma pose clássica de Chanel, deitada no divã com um cigarro nos dedos. Segundo autoridades com a proibição do fumo nos transportes públicos franceses, o cartaz era "insalubre e inapropriado". Consequências da nova era. Já namorou Topher Grace (o Eric Forman de That´s 70´s Show) e atualmente está com o cantor de rock francês Mathieu Chedid. Em 2002 ficou em 29º lugar nas "100 mulheres mais sexy do mundo" da revista masculina Stuff. Em 2007, estava em 62º lugar entre as "100 artistas mais sensuais da história do cinema" da Empire, publicação inglesa especializada na terceira arte. O grupo de rock americano “Brand New” compôs a música “Tautou” em sua homenagem. Há boatos de que ela tira fotos de cada repórter que a entrevista, as colando em um álbum. Infelizmente não posso comprovar isto, até porque não fiz essa pergunta. Como disse, estava ali “babando” por uma de minhas atrizes favoritas, que caiu no samba junto com outra atriz francesa Sandrine Bonnaire, na noite do sábado, 11, quando a bateria da Grande Rio se apresentou no Forte do Leme, local em que foram exibidos filmes do Festival Varilux de Cinema Francês. Audrey saiu do Odeon. E eu fiquei ainda mais apaixonado por seu trabalho.