CINEMA JAPONÊS é tema de mostra no Instituto Moreira Salles. De 12 a 14 de abril, O IMS promove a mostra Japão: entre Hiroshima e Fukushima, que reúne nove filmes de diretores japoneses: Kenki Mizoguchi, Akira Kurosawa, Yoji Yamada, Kaneto Shindo, Shinji Aoyama, Hirokazu Kore-eda e Yasujiro Ozu.
O medo de tsunami ou de uma tragédia nuclear já rendeu vários filmes no Japão. A mostra do IMS destaca alguns títulos que tratam do tema como Anatomia do medo, (Ikimono no Kiroku, 1955), de Akira Kurosawa, que conta a história de um homem que, em pânico diante da ameaça de destruição do Japão numa explosão atômica, tenta convencer a família a mudar-se para o Brasil. Em Filhos de Hiroshima (Gembaku no ko, 1952) de Kaneto Shindo, o jovem Takako volta à Hiroshima destruída pela guerra e passa pelas ruínas da bomba atômica.
A Mostra reúne mais dois filmes de Kurosawa: Rapsódia em Agosto, Hachi-gatsu no kyoshikyoku, 1981) em que uma sobrevivente da bomba sobre Nagasaki recebe os netos para as férias de verão e relembra o grande olho que viu no céu no dia da explosão atômica; e o último trabalho do diretor, Madadayo (Madadayo, 1993), que conta a história de um professor, que após ter sua casa bombardeada, abandona a universidade e se refugia numa casa distante, onde, a cada ano, recebe a visita de seus velhos alunos para comemorar o aniversário.
De Yasujiro Ozu, a mostra exibe Bom dia (Ohayô, 1959), um dos últimos trabalhos do cineasta, em que dois meninos decidem fazer uma greve de silêncio para convencer os pais a comprar um aparelho de televisão. Do diretor Yoji Yamada, O samurai do entardecer (Tasogare Seibei, 2002), conta a história de um samurai que vive como um pequeno burocrata para sustentar as filhas e a mãe idosa, na metade do século 19.
PROGRAMAÇÃO
TERÇA 12
14h00 : Bom dia (Ohayô), de Yasujiro Ozu (Japão, 1959. 94’)
Dois meninos decidem fazer uma greve de silêncio para convencer os pais a comprar um aparelho de televisão. Um dos últimos trabalhos do cineasta, que entre 1927 e 1962 realizou 54 filmes de longa-metragem.
15h45 : Madadayo (Madadayo), de Akira Kurosawa (Japão, 1993. 134’)
Depois do bombardeio de sua casa durante a guerra, Hyakken Ushida, professor de língua e literatura alemãs, abandona a universidade e passa a viver numa casa distante onde, a cada ano, recebe a visita de seus velhos alunos para comemorar o aniversário. Último trabalho de Kurosawa, autor de 31 filmes realizados entre 1943 e 1993.
18h15 : Filhos de Hiroshima (Gembaku no ko), de Kaneto Shindo (Japão, 1952. 97’)
Na Hiroshima destruída pela guerra, o jovem Takako passa pelas ruínas da bomba atômica quando volta à cidade natal para rever amigos de infância. Um dos primeiros trabalhos do diretor, especialmente conhecido por A mulher-demônio (Onibaba, 1964). No cinema desde 1951, dirigiu 45 filmes de longa-metragem, o mais recente, Ichimai no hagaki, em 2010.
20h00 : O samurai do entardecer (Tasogare Seibei), de Yoji Yamada, Japão, 2002. 129’)
No Japão da metade do século 19, passada a guerra, um samurai vive como um pequeno burocrata para sustentar as filhas e a mãe idosa. Yamada realizou até hoje 76 filmes longos, entre eles a longa saga de Torajiro Kuruma, que se estendeu por 37 títulos entre 1969 e 1995.
QUARTA 13
14h00 : Mulheres da noite (Yoru no Onnatachi), de Kenji Mizoguchi (Japão, 1948.105’)
Filmado em Osaka, Mulheres da noite conta a história de duas irmãs:Fusako, uma viúva de guerra, e Natsuko, que tem um caso com um traficante, que junto com sua mais nova amiga Kumiko passam a se prostituir, em meio ao caos moral e à devastação do pós-guerra.
16h00 : Rapsódia em agosto (Hachi-gatsu no kyoshikyoku), de Akira Kurosawa (Japão, 1991, 98’)
Uma sobrevivente da bomba sobre Nagasaki recebe os netos para as férias de verão e relembra o grande olho que viu no céu no dia da explosão atômica.
18h00 : Anatomia do medo (Ikimono no kiroku), de Akira Kurosawa (Japão, 1955, 103’)
Convencido de que sua família, como todo o Japão, corre o risco de ser exterminada numa explosão nuclear, Kiichi Nakajima se esforça por convencê-los a fugir para o Brasil. Décimo sexto filme do diretor, realizado entre Os sete samurais e Trono manchado de sangue.
19h45 : Tão distante (Distance), de Hirokazu Kore-eda (Japão, 2001. 132’)
Três anos depois da morte de mais de cem pessoas no culto do Arco da verdade, parentes das vítimas se reúnem numa cerimônia de dor e de raiva contida. Sétimo dos quinze filmes já realizados pelo diretor, no cinema desde 1991.
QUINTA 14
14h00 : Eureka (Eureka), de Shinji Aoyama (Japão, 2000. 220’)
Depois de sequestrar um ônibus, um homem se suicida. O motorista e dois jovens estudantes que testemunharam o suicídio, se esforçam para superar o sofrimento diante da violência que presenciaram.
SERVIÇO
Ingressos individuais: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).
Passaporte válido para todas as mostras de abril (10 sessões): R$ 15,00
Rua Marquês de São Vicente, 476. Gávea
Telefone: (21) 3284-7400
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