Como Cães e Gatos 2 - A Vingança de Kitty Galore

Ficha Técnica

Direção: Brad Peyton
Roteiro: Ron J. Friedman, Steve Bencich
Elenco: James Marsden ... Diggs (voz), Nick Nolte ... Butch (voz), Christina Applegate ... Catherine (voz), Katt Williams ... Seamus (voz), Bette Midler ... Kitty Galore (voz), Neil Patrick Harris ... Lou (voz), Sean Hayes ... Sr. Tinkles (voz), Wallace Shawn ... Calico (voz), Roger Moore ... Tab Lazenby (voz), Joe Pantoliano ... Peek (voz), Michael Clarke Duncan ... Sam (voz), Chris O'Donnell ... Shane, Jack McBrayer ... Chuck, Fred Armisen ... Friedrich, Kiernan Shipka ... Little Girl
Fotografia: Steven Poster
Trilha Sonora: Christopher Lennertz
Produção: Brent O'Connor
Duração: 82 minutos
País: Estados Unidos
Ano: 2010
COTAÇÃO: BOM



A opinião

Kitty Galore, uma ex-colaboradora da organização MEOWS de espiões felinos, está cada vez mais pirada e bolou um plano maligno para, além de derrotar de vez seus inimigos caninos, também derrubar seus ex-companheiros de espionagem e transformar o mundo em seu ‘arranhador’ de estimação.

Diante dessa ameaça sem precedentes, cães, gatos e um pombo serão obrigados a unir forças pela primeira vez na história em uma aliança que poderá salvar suas vidas – e as de seus humanos – em Como Cães e Gatos 2: A Vingança de Kitty Galore, uma comédia em 3D que mistura live action com bonecos de última geração e animação digital.

O filme é uma sequência de "Como cães e gatos", de 2001. Mas não há necessidade de ter visto o primeiro. Apresenta-se como um episódio (longo) de desenho animado redondo e fechado. O que se precisa saber é explicado nesta continuação.

O roteiro, com seus diálogos e ações destinadas ao público infantil, repete elementos óbvios em termos de piadas. Busca-se o humor rasgado e de escracho e com sacadas inteligentes. Perceba a referência a "Silêncio dos inocentes", o mais incrível. Mas há outros também. Fique ligado! O longa direciona o espectador, ora agradando aos filhos, ora aos adultos (na maioria os pais).

A mensagem que se passa é a amizade, trabalho em equipe e lutar pelo certo. O humor reveste-se de ingenuidade e pequenos clichês para modelar um formato às crianças. Trocando em miúdos, é um gênero estritamente infantil, com respeito à inteligência dos "pequenos", mas sem ser pretensioso. Está de igual a igual. E ainda consegue absorver a atenção dos "grandes".

Porém o espectador sente a falta de um maior aprofundamento de seus personagens. As conversas e dramas são superficiais, prejudicados pela dublagem nacional. Não se capta emoção, deixando assim um filme frio. Prefere-se a técnica à narrativa (leia-se: interpretação dos bichanos).

Em relação ao 3D, acrescenta um elemento a mais, todavia torna-se desnecessário a sua utilização. É um filme divertido, engraçado, com piadas óbvias e previsíveis, ingênuo. E atende ao gosto das crianças. As referências permitem o crescimento cinematográfico. Depois de um tempo, não se vê animais, mas sim seres humanizados. Atenção: fique até o final dos créditos. Há novidades. Uma cena quase proibida entre os animais, criando mais um elemento: a metalinguagem. Recomendo.

O Diretor

Brad Peyton nasceu em 1979. É um diretor de cinema canadense e produtor de televisão. Ele ganhou fama com o curta gótico "Evelyn: The Cutest Evil Dead Girl" (2002).