Sexo, quiabo e manteiga com sal



A opinião

É necessário um prévio conhecimento sobre a cultura da África. O filme é sobre personagens da cultura desse país. Há uma solidariedade africana, inclusive na forma de se fazer cinema. Versa, de forma teatral e exagerada, sobre pessoas. Um outro detalhe é que precisa ser retirado o tom da superfície. Tudo bem, necessita de um esforço extra do espectador para não achar o filme infantil, bobo e ingênuo de como trata e conduz a história. Tirando os excessos, percebemos os personagens que exoticamente acham os outros galegos exóticos. É um filme inocente. Divertido, para assistir sem compromisso. Há uma ironia nos sentimentos defensivos. O ator principal é uma criança grande que faz das vergonhas o crescimento. Em certos momentos o roteiro é de dar pena. Como já disse, tirando a casca, conseguimos entender o porquê de ser assim. É um estrangeiro dele próprio. Tem uma definição ótima para gay no filme "Nem homem, nem mulher, você é uma zebra" e é rebatido por "Então a selva é a minha cama". A história tenta a todo momento salvar os personagens. A fotografia de camera digital dá o recado. É a África em Paris. Outra frase: "As pessoas são inchadas por fora e vazias por dentro".

Ficha Técnica

Direção: Mahamat Saleh Haroun
Elenco: Marius Yelolo, Mata Gabin, Aissa Maiga
País: França
Ano: 2008

A Sinopse

A costa-marfinesa Hortense vive em Bordeaux, na França, onde trabalha como enfermeira. Casada e mãe de dois filhos, ela decide subitamente abandonar sua família para ir viver com o amante francês, Jean Paul. Mas Malik, seu marido sexagenário e machista, definitivamente não está preparado para aceitar tal traição e assumir as duas crianças sozinho. Para completar, descobre que seu filho mais velho, Dani, é gay. Aos poucos, com a ajuda de três mulheres, a cunhada que acaba de chegar da África, a vizinha solitária e a bela e misteriosa Amina, ele tenta refazer a vida.



O Diretor

Nasceu em 1961, no Chade. Estudou no Conservatório Livre do Cinema Francês, em Paris. Em 1994, estreou na direção com o curta-metragem Maral Tanié. Cinco anos mais tarde, roteirizou e dirigiu Bye Bye Africa, seu primeiro longa. Exibiu seu filme seguinte, Abouna (2002), na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Com Temporada de Seca (2006) recebeu cinco prêmios no Festival de Veneza, entre eles o Prêmio Especial do Júri.

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