O Clone volta para casa


Foto: Divulgação


A opinião

É um filme de ficção científica introspectivo. Os sentimentos e o tempo real dos movimentos conduzem a história. É uma viagem sobre o certo ou errado da perda de alguém ou sobre continuar vivendo a própria por uma nova chance. A opção de salvação. O perdão da consciência, expurgando os próprios demônios da vivência. O filme é todo focado em detalhes, assim como a técnica japonesa cinematográfica que possui um cuidado com a fotografia. É visualizar o vento. Senti-lo. As emoções são vistas e sentidas.

Ficha Técnica

Direção: Kanji Nakajima
Roteiro: Kanji Nakajima
Elenco: Mitsuhiro Oikawa, Eri Ishida, Hiromi Nagasaku
Fotografia: Hideho Urata
Montagem: Ken Memita
Música: Yuta Yamashita
País: Japão
Ano: 2008

A sinopse

Antes de partir para sua missão seguinte, o astronauta Kohei aceita participar de um programa ainda em fase experimental para ressuscitar seu corpo e sua memória em caso de morte. Pouco depois, ele sofre um acidente fatal no espaço e seu duplo é ativado. Mas um erro inesperado no programa faz a memória do clone retroceder à infância de Kohei, marcada pelo trauma da perda de seu irmão gêmeo. Ao encontrar o corpo de Kohei, ele pensa estar diante do irmão falecido. Carregando sua “matriz” às costas, ele parte em busca de sua cidade natal. Competição do Festival de Sundance 2009.


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O Diretor

Nakajima nasceu no distrito de Kochi, Japão, em 1970. Em 1988, ele entrou para a Zokei University em Tóquio e começou a fazer filmes e vídeos. Seu trabalho de vídeo KA KE RA recebeu o Prêmio de Originalidade no Image Forum Festival e Silver Prize no Festival de vídeo na Bienal de Medellin, Colômbia, em 1989. Em 1990, completou o seu primeiro longa, Hagane. Em 1997 ele completou o seu segundo filme, The Box (que lhe rendeu uma menção especial no Festival de Turim). O Clone Volta pra Casa é seu terceiro longa. Nakajima não só dirige, como escreve os roteiros, faz câmera, música e a edição de seus filmes.