Crítica: Águas Turvas

Ficha Técnica

Direção: Erik Poppe
Roteiro: Harald Rosenløw Eeg
Elenco: Pål Sverre Valheim Hagen, Ellen Dorrit Petersen, Trine Dyrholm, Trond Espen Seim
Fotografia: John Christian Rosenlund
Montagem: Einar Egeland
Música: Johan Söderqvist
País: Noruega
Ano: 2008


Por Fabricio Duque

O filme descreve e aprofunda a história passo-a-passo. A camera busca os detalhes e a forma geral. No ínicio o roteiro é enxuto e explicativo. Nada demais. A trama cresce ao longo do tempo até criar sensações como angústia, curiosidade, suspense bem trabalhado e uma certa ansiedade. Não é linear. São filmes entrecortados dentro de um filme geral. Conectados. É politicamente correto, não posso negar. E ingênuo, inocente e óbvio como um pastor de igreja (referência ao filme). A montagem brinca com o tempo a todo tempo. O resultado é positivo. O que se busca é o perdão e a redenção da culpa. A fotografia em certos momentos deixa qualquer pessoa encantada, principalmente a da cama. O sentimentalismo para não haver brechas firma-se no final. Perde-se um pouco, mas não tanto. Frase: "Difícil não ter um túmulo para visitar". É embalado com trilha sonora de Paul Simon e Caetano Veloso cantando Eu sei que vou te amar.


A Sinopse


Em seu último dia na cadeia, Jan Thomas é espancado por seus companheiros de prisão. Ele sabe, no entanto, que a “despedida” poderia ser pior, já que cumpriu pena por ter matado uma criança. Jan negou o crime até o fim e agora espera poder deixar o passado para trás ao conseguir emprego como organista em uma igreja de Oslo. Lá acaba se envolvendo com a pastora Anna, e cria laços afetivos com Jens, o filho dela. Um dia a igreja recebe a visita da professora Agnes e seus alunos. Observando o talentoso organista, Agnes reconhece em Jan o suposto assassino de seu filho.

O Diretor

Nascido em 1960, na Noruega, formou-se no Instituto de Artes Dramáticas de Estocolmo. Trabalhou como fotojornalista para diversas agências de notícias nos anos 80, e tornou-se fotógrafo de cinema nos anos 90. Em 1995, ganhou o Prêmio Kodak no Festival de Moscou por Eggs, de Bent Hamer, e em 1998 dirigiu seu primeiro longa-metragem, Schpaaa. Ganhou o prêmio Amanda de Melhor Filme, o mais importante da Noruega, por Hawaii, Oslo (2004).